COP29: O fracasso, e a pressão para o Brasil na COP30
A 29ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro de 2024, trouxe à tona temas cruciais para o futuro do planeta.
11/25/20242 min read
COP29: O fracasso, e a pressão para o Brasil na COP30
A 29ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro de 2024, trouxe à tona temas cruciais para o futuro do planeta.
O evento reuniu líderes mundiais, cientistas, ativistas e organizações da sociedade civil, que discutiram estratégias para mitigar os impactos das mudanças climáticas e buscar soluções inclusivas para os desafios globais.
Mas teve um final dramático, decepcionando a maioria das lideranças ativistas presentes.
Os principais debates da COP29
Entre os temas mais discutidos durante o evento, destacou-se a agenda de financiamentos, a COP29 também está sendo chamada de a "COP dos financiamentos" abordando perspectivas de investimento para implementação de projetos benéficos à adaptação para a Agenda 2030 da ONU.
Contudo, o tema parece ter sido tratado com uma cautela que contradiz a urgência do momento, ignorando a pressão das partes interessadas e levando a um resultado insignificante. Fazendo com que a COP 30 no Brasil assuma uma responsabilidade importante, com a atenção global voltada para Belém.
A participação do Brasil foi focada em pressionar os países ricos por mais financiamento climático e mudanças nos bancos multilaterais de desenvolvimento, especialmente após o fracasso das negociações de Cali sobre financiamento da biodiversidade.
Além disso, a nova meta climática do Brasil no Acordo de Paris, foi entregue pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, chefe da delegação brasileira na COP29.
A segunda Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira estabelece o compromisso do país em reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa de 59% a 67% em 2035, na comparação com os níveis de 2005.
Isso equivale, em termos absolutos, a uma redução de emissões para alcançar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente em 2035. Porém, esses valores estão abaixo das expectativas, segundo especialistas.
Como citado, a próxima rodada de compromissos globais serão feitos na COP 30, em 2025, que acontecerá no Brasil, em Belém (PA). O Brasil será o responsável por garantir maior participação e avançar na construção de compromissos mais robustos.
Instituto DuClima na COP29
O Instituto DuClima, referência no combate ao racismo ambiental no Brasil, pela primeira esteve presente na COP, com a representação da Natalia Ponciano, que foi para a COP como uma das vinte jovens delegadas sobre migração climática da OIM (Organização Internacional para as Migrações).
A Natalia participou da COP29, focando nas agendas prioritárias para o Instituto, como as agendas de deslocamento climático, racismo ambiental e justiça climática, reforçando a importância de integrar questões de raça, gênero e território nas políticas climáticas.
Um passo à frente na justiça climática
A participação do Instituto DuClima reforça a relevância da sociedade civil nas negociações globais sobre mudanças climáticas.
Os desafios persistem: implementar compromissos assumidos e garantir que os recursos cheguem às populações que mais precisam serão tarefas centrais nos próximos anos e uma missão importante na COP30.
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